sexta-feira, 2 de abril de 2010

¨¨Quatro Poemas meus¨¨

**Esses cuatro poemas coloquei na Bar do Escritor entre 03 de janeiro e 26 de março, recebi algumas poucas críticas "boas", outras nem sei dizer; enfim naum sou um poeta muito popular, nem seguro de si... "/






Elegia

Incensos de ópio descaso
Escadas sem fundo
O sonambulista
Desce ao descuido escuro
Das vozes perdidas
As piras
Ensandescidas no imenso solar
Pendendo no pélago
para o nunca
Sempre sem pensar
Pálidos pedaços
Jogados nas sombras

Sirênios sentidos
Sinuosos
O torpor anilescido
De sobrancelhas sem porto
E mãos no ar descrevendo
O ensaiado sudoríparo
Movimento do adeus
Fitando norte
O longe milhas e milhas
De mar ou morte
O pequeno ponto se perde
Para sempre
No tênue horizonte sem ninguém


STÉLLIO ...
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Cancionata Sonírica Para M.

Imprescindo te indizer
O desabraço longilíneo, ilúsino
Só teu

Captadores
Melancolescem de microfonias
Sístoles
P'rum retorno reticentista
Retiflorido
O acorde encordamento-farpado
Sonírico

Das Fendas
Fugas imaginantes em fá sustenol
Das soledades
Ó sólos d'ocaso
Solstícios Que languesquecem si
Amortecentes
Devanuando-me sem,

Imprescindo te
Indizer te
Nueterna Voragem Melotrônica
Linosfera infínida
-Amplifundem Vocalizem-
Silento só
Sem teu sonsentir

Stellio T.

Crepusculário III

Crepúsculo
Dolorácrima
Imensa de adeus

O adeus de todas as coisas

Presentes os olhos se perdendo
Piscam Lástimas além
Das coisas
Mudas imundanas
Do mundo
Nada nunca terá dor maior

Crepúsculo

Dói
Maior do que tudo
A dor de tudo
De todos
Sós
Sob sóis soturnos
Solanáceas dolorácrimas
Despedem si despedaçam

Ó crepúsculo

Maior
Do adeus derradeiro

Stellio de balbus


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Tenho aqui

Uma folha em branco

Um coração liquefeito

Um sonho instante

Pensamentos são silêncios em palavras

Um eclipsa o outro, simbióticos

E a vontade de te dizer esse indizível

Essa verdade talvez plena que não se deixa transparecer

Por que tímida assim se tornou

E desesperada ainda que

Inacabada se abre

Como a glória-da-manhã

Meu primeiro amor

Meu último desejo

Pensar em ti

É como esquecer o inesquecível

Confessar ao invisível

Redimir-se de um crime inafiançável

Alcançar um sonho instante

Inalcançavel

E ainda assim não te ter

Para sempre

Tenho aqui

Palavras inacabadas

Nas sístoles encouraçadas pensamentos

Um encontro imaginário

Inesperado

Enquanto tento respirar

Essas palavras que pulsam orvalhadas

No silêncio insone

Desta madrugada

De folhas em branco

De poemas apaixonados, inacabados

Pálidos pedaços calados

Dos sentimentos que não sei dizer

(Queria que soubesses

ainda que não os saiba dizer...)


Date: Fri, 26 Mar 2010 06:08:21 +0000

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